terça-feira, 3 de outubro de 2017

Morrer só ou acompanhado

Morrer

M o r r e r


decompor o rio do pensamento
em gotas de orvalho
soltas inertes sem brilho

amarelecer nas nervuras
desde a copa à raiz de cada um
destecer o que a vida criou

deixar os outros lá na frente
ficar só
na quietude serena
do não
voltar ao pó
que sempre esperou
como se nunca existisse verão.

MRodas

segunda-feira, 2 de outubro de 2017

Eleições em Soajo, POR SOAJO!

Segundo o site da RTP.PT a votação em Soajo foi esta. 
Parabéns aos vencedores e a todos os que se esforçaram por dar novas perspectivas a Soajo. POR SOAJO! Será que vamos ter em Soajo uma dupla coligação, uma geringonça à soajeira?


CÂMARAS
PPD/PSD
40.24%
2371
M.S.I.
32.26%
1900
PCP-PEV
21.39%
1260



ABSTENÇÃO EM SOAJO

56.73%
Nulos: 12 (2.04%) Brancos: 51 (8.67%) Não Votaram: 771

domingo, 1 de outubro de 2017

Para uma definição de eternidade


Fala me da          eternidade
fala-me dessa continuidade
desse espaço infinito
Pedra ou fogo água ar e      inquietude

Fala me dessa memória
no vulcão do tempo
que nos arrastou até aqui

Fala fala dessa           semente
que fez nescer em cada um 

o desejo da paz e         liberdade
ambição e vaidade
gula e inveja
amor e          fraternidade

Fala-me baixinho
para que ouvindo
refaça em mim esse     sonho
breve e original
e  possa finalmente entoar
uma canção de amor
entre o bem e o         mal!

MRodas


SE preferes em GALEGO


Fala me da eternidade 
Fálame desa continuidade 
dese espazo infinito 
Pedra ou lume auga aire e inquietude

Fala me dese memoria 
no volcán do tempo 
que nos arrastrou ata aquí

Fala fala desa semente 
que fixo nescer en cada un  

desexo de paz e liberdade 
ambición e vaidade 
gula e envexa 
amor e fraternidade

Fálame baixiño 
para que escoitando 
refaça en min ese soño 
breve e orixinal 
e poida finalmente entoar 
unha canción de amor 
entre o ben eo mal!

terça-feira, 26 de setembro de 2017

Lembras te?

Lembras-te
de todas as vezes que te olhei
e me espiava
a saborear o luar que
escorria para dentro de ti...

Então talvez recordes
o espanto que senti
ao ver o universo no teu olhar
semelhante ao do Gama
ao chegar à India
ou do Luís a dizer, acabei este livro
do Amstrong ao sentir na bota
o chåo da Lua

Dentro de cada histœria de amor
estä a aventura de toda a humanidade
É dentro de cada gesto
ou desenho no ar
que crescem todas as história de amor

Lembras-te?

MRofas

segunda-feira, 25 de setembro de 2017

Gaivota como ...nós

Era uma gaivota como nós
sonhava com cardumes
e acordava
a pedir pão
na janela dum restaurante!

Era como nós
quando des atinava
ia dar uma volta
em linha reta
Mais tarde dizia,
fui dar uma curva!


MRodas

Gaivota como nós

domingo, 24 de setembro de 2017

Concertina

Ainda mal sabia
o que minha mãe dizia
já tu me entravas na alma
a debulhar os sentidos
em trinados de alegrias e foguetes
querida

Quando comecei andar
seguias à minha frente
a convocar a festa
a dança e um brilho no olhar
os velhos sonhavam a mocidade
que os novos queriam descobrir
querida

Pela vida fora
sempre me acenaste da janela
em concertos, festas e romarias
sempre tu a convocares
o que de melhor havia em mim
querida

Abraço te agora
com a força dum amor contrariado
e promessas eternas de fidelidade
arranco de ti
o que de melhor sobra em mim
querida!

MRodas

sábado, 23 de setembro de 2017

No jardim (da Estrela)

Não era um homem só
agarrado ao seu pequeno cão
num banco do jardim
num sábado às quatro da tarde
em todos os relógios da cidade

Não não era
Era a vida que se agarrava ao cão
na forma dum homem só
num sábado às quatro da tarde
em todos os relógios da cidade

Não não era
apenas um cão
ao colo dum homem só
num sábado às quatro da tarde

Era num sábado às quatro da tarde
em todos os relógios da cidade
que um homem só
e um cão só
no colo de um homem
se agarrava à vida
como se fosse um cão.

MRodas

sexta-feira, 22 de setembro de 2017

As inquietudes dos meus cristais

Da minha amiga Ana Flausino, colega que já nao via há muitos anos, recebi um abraço e um livro de poemas.

Ana, sempre lembro esse teu jeito
de menina doce
sonhadora
a espalhar ternura
às pedras nuas e gentes frias...

Menina só
mulher também
amiga de sempre!
Abraço com estrelas dentro!

MRodas

domingo, 17 de setembro de 2017

Noite

A noite entrou em mim
primeiro borboleta
depois escuro
nervo agulha dor

Aragem doce
Melodia fria

Prometi-me uma maçã
um paraíso
no teu rosto...

Quero o real vestido ou nú
Quero a faca a cortar orvalhos
favos migalhas
a tua boca na minha
a gritar a fome
das almas desesperadas

Não quero morrer
sem ver a lua
a beijar-te
na madrugada de todas as borboletas


MRodas

Espera

Esperei por ti
junto a um rio

As äguas corriam pelo meu corpo
como os elefantes
nos meus sonhos...

Embalei a raiva
disfarçada
de canções de amor
em baús de marfim

Vem noite
vem alimentar-me os sonhos
dar esperanças
à vida
enquanto espero... por ti!

MRodas

sexta-feira, 15 de setembro de 2017

An gela



soletro ÂNGELA

e fecho os olhos
soletro

escrevo Ângela  e fecho os olhos
santa  maria · letras 
mesmo · aperte 
sensação. minha sede
nome · faça · engolir · seco  · 
quantas · vezes · quis vagalume  
música · para · ouvir · 
letra · legenda · não · demora · agora ·
preciso  · homenageia · 
pesquisa · sala ·  artista ·
participo · diversos · programas · pseudônimo  jardim · 
localizada · região 
cidade · são  testemunhas
Soletro em  árabe
أنجيلا

Soletro em japonês

アンジェラ                                              Desisto. 
Vou dormir a outro lado, 
noutra nuvem

MRodas
















quinta-feira, 14 de setembro de 2017

Convite

Quando me convidaste
acreditei
que havia um espaço em ti
um lugar na tua mesa
um braço um gesto um olhar

Deixaste-me
e seguiste a tua vida
na urgēncia do costume
passos rápidos
indiferentes ao luar que te olhava

Fiquei
à sombra duma àrvore qualquer
preso entre uma leve hesitação
o destino a escorrer-me nos dedos

não se abraça
quem não quer ser abraçado
não se ama
quem não quer ser amado

MRodas


Sentença (não a do Juiz de Soajo)



Esta pérola veio parar à minha caixa de correio electrónico. Não sei quem é o autor, mas, dado o interesse da história, decidi reproduzi-la. Desde já a minha vénia ao autor desconhecido.

"Uma das histórias judiciais que ficaram célebres, na primeira metade do século XX, teve a ver com a defesa de um arguido acusado de chamar "filho da puta" ao ofendido, expressão que, na altura, era considerada altamente ofensiva.
Nas suas alegações, o escritor e advogado Ramada Curto começou por chamar a atenção do juiz para o facto de muitas vezes se utilizar esta expressão em termos elogiosos:
«Grande filho da puta, és o melhor de todos!», ou carinhosos:
«Dá cá um abraço, meu grande filho da puta!», tendo concluído da seguinte forma:
«E até aposto que, neste momento, V.Exa. está a pensar o seguinte:
"Olhem lá do que este filho da puta não se havia de ter lembrado só para safar o seu cliente!"...»
Chegada a hora da sentença, o juiz vira-se para o réu e diz:
«O senhor está absolvido, mas bem pode agradecer ao filho da puta do seu advogado!»"

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