Deixo aqui mensagens e as minhas reflexões sobre os percursos por onde vou passando..."caminhante, não há caminho, o caminho faz-se caminhando..."
segunda-feira, 3 de julho de 2017
domingo, 2 de julho de 2017
O que não se vê
Acordas-me
Cada instante em que estou acordado
Vives em mim
Quando penso que já foste
Trazes inquietação
Onde antes vivia
O dia
Na minha calmia
Cada instante em que estou acordado
Vives em mim
Quando penso que já foste
Trazes inquietação
Onde antes vivia
O dia
Na minha calmia
Quero de volta
Todo o rumor das marés
Das minhas ondas
Tudo o que puder enfeitar minha casa
E sentar-me contigo à mesa
A falar de poesia!
Todo o rumor das marés
Das minhas ondas
Tudo o que puder enfeitar minha casa
E sentar-me contigo à mesa
A falar de poesia!
Será essa a única magia
Para te tornar humano e...imortal!
Para te tornar humano e...imortal!
MR
sábado, 1 de julho de 2017
sexta-feira, 30 de junho de 2017
quarta-feira, 28 de junho de 2017
quarta-feira, 21 de junho de 2017
O meu avô Marujo
O meu avô Marujo
tinha longas pernas
E mãos grandes
Que tapavam os
olhos
Para não ver a
serra dentro dele.
Quando as longas
pernas
Ficaram cansadas
Falava com a
burra branca
E iam os dois ver
a serra
Que não podia
esconder dentro dele.
Os filhos
ofereciam-lhe palavras
de saudade e
consolo.
Ele respondia : E
eu que vos pedi?
MR
domingo, 18 de junho de 2017
sábado, 17 de junho de 2017
Pai
Releio -te, pai
E vejo as tuas mãos grossas
A sulcarem o papel
Com arados de tinta
E vejo as tuas mãos grossas
A sulcarem o papel
Com arados de tinta
Abrias caminhos para mim
Enfeitados com as flores das letras
Nem eu sabia andar ainda
Nem sabia o peso da tua herança feliz
Enfeitados com as flores das letras
Nem eu sabia andar ainda
Nem sabia o peso da tua herança feliz
Pai
Qual o melhor caminho para ser pai?
Esta floresta mal me deixa ver
As tuas mãos ägeis e os teus passos firmes...
Qual o melhor caminho para ser pai?
Esta floresta mal me deixa ver
As tuas mãos ägeis e os teus passos firmes...
MR
quarta-feira, 14 de junho de 2017
Rio Douro
Este é o Rio Douro que poucos conheceram.
Antes da construção das barragens o Rio Douro era turbulento e perigoso.
Navegar pelo rio,exigia homens corajosos.
As barragens acalmaram as águas do rio.Hoje o rio é uma aprazível rota turística.
O barão de Forrester, produtor de vinho do Porto, morreu precisamente
no Cachão da Valeira (que se vê no filme), quando o barco que o
transportava (a ele e a D. Antónia Ferreira - Ferreirinha), se virou.
O corpo do Barão nunca apareceu.
https://vimeo.com/98925113
Antes da construção das barragens o Rio Douro era turbulento e perigoso.
Navegar pelo rio,exigia homens corajosos.
As barragens acalmaram as águas do rio.Hoje o rio é uma aprazível rota turística.
O barão de Forrester, produtor de vinho do Porto, morreu precisamente
no Cachão da Valeira (que se vê no filme), quando o barco que o
transportava (a ele e a D. Antónia Ferreira - Ferreirinha), se virou.
O corpo do Barão nunca apareceu.
https://vimeo.com/98925113
terça-feira, 13 de junho de 2017
Aqui
Aqui aprendi o luar do só
E a força da noite escura
Era preciso viver contra as pedras
Que me entravam nos bolsos vazios
E a força da noite escura
Era preciso viver contra as pedras
Que me entravam nos bolsos vazios
Tu não sabias de nada
Nem de mim
Nem de mim
Quando pude aspirar a flor
Já as mãos tinham envelhecido
E os olhos
Se recusavam a ver mais longe
Já as mãos tinham envelhecido
E os olhos
Se recusavam a ver mais longe
Tu estavas morta
Por dentro à espera dum milagre
um beijo que nunca aconteceu...
Por dentro à espera dum milagre
um beijo que nunca aconteceu...
MR
segunda-feira, 12 de junho de 2017
ROMANCIDO
Comecei hoje este romance ou história...
Ainda não sei como vai acabar, mas sei que muito vai demorar...
ROMANCIDO
Ainda não sei como vai acabar, mas sei que muito vai demorar...
ROMANCIDO
Por letras,
palavras e versos navegando
Vou agora
contar o que se passou
Numa idade
distante, mas bem próxima de cada um.
Sou apenas
o relator do que vejo,
Sou observador,
ouvindo os vagueios e explanações
De quem não
sabe porque está, mas vais ficando...
Consulto a
memória e os apontamentos
Que na
altura tomei nota e boa falta me fazem
Prometo ser
fiel ao senhor que comigo desabafava
Pedindo
desculpa, se por qualquer omissão for responsável
Mas será
atraiçoado pela memória e não pela vontade de errar
Que para
tanto não tenho nem engenho, nem vontade.
Comprometido
consigo mesmo
Procura na
neblina dos nascente e poentes
A impressão
de ser o mundo bem mais curto e limitado
Que os
relatos e escritos desde a antiguidade de navegadores.
Faúlha a
incendiar-se, ao espelho escuro
ver-se e
rever-se e... para tanto não se reconhecer.
continua...
sábado, 10 de junho de 2017
sexta-feira, 9 de junho de 2017
Eram duas
Eram duas, mas podiam ser mais
Uma floresta
Um deserto
As pedras entre nós
Olhar no centro do sorriso
Uma floresta
Um deserto
As pedras entre nós
Olhar no centro do sorriso
Eram mais, mas podiam ser duas
As mãos que acariciam
As bocas que beijam
As ruas que não tēm fim
As mãos que acariciam
As bocas que beijam
As ruas que não tēm fim
Eram muito mais que essas
As cerejas no teu regaço
Perfeito equilibrio na tarde de junho
Entre a promessa que fizeste
E as que fui cumprindo até hoje!
As cerejas no teu regaço
Perfeito equilibrio na tarde de junho
Entre a promessa que fizeste
E as que fui cumprindo até hoje!
MR
quinta-feira, 8 de junho de 2017
Dragões
Diz-me que sou o teu dragão
Diz lá
Diz que me levas pelos ares
Me incendeias a alma
E derretes a minha indiferença
Diz lá
Diz que me levas pelos ares
Me incendeias a alma
E derretes a minha indiferença
Não
Eu sou o teu dragão
E levo-te aquele palácio de musgos e cal
Onde as manhãs claras são antes das noites sombrias
Eu sou o teu dragão
E levo-te aquele palácio de musgos e cal
Onde as manhãs claras são antes das noites sombrias
Convoco o fogo
Para que o teu corpo
Não mais arrefeça
E a solidão seja um circulo longínquo
Para que o teu corpo
Não mais arrefeça
E a solidão seja um circulo longínquo
Em cada escama
E em cada garra
Eriço o desejo
Para que voes e
Na ultima ameia de cinza
Me libertes e sejas minha!
E em cada garra
Eriço o desejo
Para que voes e
Na ultima ameia de cinza
Me libertes e sejas minha!
MR
quarta-feira, 7 de junho de 2017
Brincar
Há quanto tempo
Não via crianças a brincar na rua...
Os chilreios, as risadas
Não via crianças a brincar na rua...
Os chilreios, as risadas
Foge que te agarro
Assim não vale
Eu estava primeiro
Era a minha vez...
Anda lá
Só desta vez...ou sempre!
Assim não vale
Eu estava primeiro
Era a minha vez...
Anda lá
Só desta vez...ou sempre!
Vem até mim
Este sussurro da infância
No apelo mais íntimo e solene
Da longa noite de adultos àvidos
Este sussurro da infância
No apelo mais íntimo e solene
Da longa noite de adultos àvidos
Voltam os desafios
Os fantasmas, as esperanças
Voltam as mûsicas, as danças
Só tu não voltas, mae
Com manhãs floridas nos olhos
Os fantasmas, as esperanças
Voltam as mûsicas, as danças
Só tu não voltas, mae
Com manhãs floridas nos olhos
O teu olhar cansado
Cheio de recados e promessas
Foi na torrente dum rio
Esperar a minha foz, mãe!
Cheio de recados e promessas
Foi na torrente dum rio
Esperar a minha foz, mãe!
MR
segunda-feira, 5 de junho de 2017
domingo, 4 de junho de 2017
Flor da Murta
Flor de Murta
Em teu peito breve
Floresce
Perfume solene
Murta
Senhora
Ou flor
Do mesmo
Jardim
Perfume de rei
Mulher de marqueses
Mãe de mão cheia
Senhora, senhora
Adopta o branco
A renda, o cetim,
Ata no mesmo nó
O amor e o fingimento
A glória e o sofrimento.
MR
terça-feira, 30 de maio de 2017
sábado, 27 de maio de 2017
sexta-feira, 26 de maio de 2017
Era uma vez...uma árvore
Era uma árvore que escorria pelo muro
queria pintar o mundo
com a alma das árvores.
Tinha ideias, tinha sonhos
tinha rebentos e frutos
só não tinha tinta de verdade
Cada dia ia atrás das sombras
deixava-se ficar deitada nos muros.
Passado tempo
a sombra ficava colada no muro.
Era um jogo íntimo
uma seiva de luzes e sombras.
Mas um dia
veio a guerra
e acabou a brincadeira.
Quando se retirou
lá para dentro, para o seu mais íntimo
chamou a sombra
mas esta resistiu e ficou.
A sombra sabia que um dia haveria paz
e nessa altura era preciso
voltar a pintar os muros
com as cores de cada um.
MRodas
quarta-feira, 24 de maio de 2017
Lisboa-me!
Lisboas-me,
Quando me prometes o casario
As cores e os sussurros
Os pregões nas tuas manchas mais escuras!
Quando me prometes o casario
As cores e os sussurros
Os pregões nas tuas manchas mais escuras!
Levanta-se em mim
Uma força antiga e primitiva.
Abraço-te
Percorro-te descalço pelos telhados
Levado pelos teus fados e caravelas
Enquanto tu
Me ofereces, em promessa,
um rio e uma ponte.
Uma força antiga e primitiva.
Abraço-te
Percorro-te descalço pelos telhados
Levado pelos teus fados e caravelas
Enquanto tu
Me ofereces, em promessa,
um rio e uma ponte.
MRodas
terça-feira, 23 de maio de 2017
Morro
Lentamente eu morro
Dissipo-me em partículas acres
Com sabor a pinhões
Nas névoas dilaceradas de impossíveis...
Com sabor a pinhões
Nas névoas dilaceradas de impossíveis...
Morro
Como o vento apaga com areia
Os sulcos da cobra
Ou a noite invade alegria
Esvaida em cada dia!
Como o vento apaga com areia
Os sulcos da cobra
Ou a noite invade alegria
Esvaida em cada dia!
Não quero, mas morro
No azedo dos teus olhos ácidos, doentes
Limão ressequido de ásperas noites
Frio, frio mesmo aqui
Onde era suposto
Arrancar o ultimo grito à serra O derradeiro olhar ao dia
No azedo dos teus olhos ácidos, doentes
Limão ressequido de ásperas noites
Frio, frio mesmo aqui
Onde era suposto
Arrancar o ultimo grito à serra O derradeiro olhar ao dia
E no teu destino semear flores...
Morro! Morro agora, para viver depois!
segunda-feira, 22 de maio de 2017
Aveiro 2017
O dia começou às 5 h eis 7 já estava apanhar o combóio na gare do Oriente.
Ainda deu tempo para umas fotos.
O Paulo estava ensonadamente admirar a paisagem.
A estação é linda.
Em Aveiro às 9H a admirar os clássicos!
O Barata e o Paulo Espiga já com muita luz pela frente! E não é que fomos dar uma volta de Chaimite, e eu que nunca andei de Chaimite. Não resisti e gritei: 25 de abril, sempre!
O Paulo também!
E depois foi desfrutar...
Ao almoço, sabem quem encontrei?
A junção do meu nome com o do meu irmão! Teve piada.
E Aveiro é bem a Veneza portuguesa...
Ainda deu temp para este grafiti
E por fim, ainda antes do leitão na Bairrada, saiu a assinatura!
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